quinta-feira, 30 de março de 2017

EXPANSÃO TERRITORIAL, CONQUISTA E COLONIZAÇÃO TRANSATIVISTA SOBRE MULHERES




A expansão territorial é uma prática histórica, milenar de sociedades/grupos dominadores, ela acontece em TODOS os processos de dominação - TODOS, basta checar nos livros de História. Invadir e tomar espaços é, ao mesmo tempo, uma prática comum de qualquer processo de conquista e colonização e, no caso específico da colonização do SEXO MASCULINO sobre o SEXO FEMININO, uma poderosa METÁFORA DO ESTUPRO, este a principal e mais fundamental arma de domínio do sexo masculino sobre o feminino.

Por que motivo o transativismo tem como pauta invadir e tomar os espaços exclusivos que as mulheres lutaram tanto pra conquistar sob o argumento REAL e URGENTE de que a SEPARAÇÃO de alguns espaços por SEXOS era fundamental para manter a SEGURANÇA e a INTEGRIDADE do sexo feminino, aquele que é instituído, historicamente, como o SEXO VIOLÁVEL?

Porque o transexualismo, é em si, um MOVIMENTO DE EXPANSÃO do domínio masculino sobre as mulheres - o sexo masculino, certo de sua superioridade, precisa invadir e controlar o espaço mais fundamental de controle e dominação do sexo feminino: a sua GÊNESE, ou seja, a própria DEFINIÇÃO do que é ser uma mulher.

Ao afirmar que "se sente" mulher sem nunca ter experimentado MATERIALMENTE as práticas de violência e limitação que o patriarcado direciona ESPECIFICAMENTE às fêmeas humanas através da SOCIALIZAÇÃO feminina para forjá-las como o constructo social submisso, passivo e inferior, a MULHER, o sexo masculino, no exercício de sua AUTORIDADE sobre as mulheres, almeja nos convencer que a condição de inferioridade feminina NÃO é uma realidade material socialmente forjada pela violência e limitação que o patriarcado impõe as pessoas nascidas no SEXO FEMININO, (como historicamente vêm denunciando as feminismo), mas sim que a condição feminina, submissa, passiva e inferior, é um SENTIMENTO - algo biológico que acontece naturalmente no cérebro inferior das mulheres e, segundo o transgenerismo, de alguns homens "femininos" ou um desígnio metafísico expresso através de uma alma ou um espírito inferior feminino - que pode ser acessado por homens pela reprodução e reafirmação dos estereótipos que eles mesmos criaram pra nos limitar, reduzir e subjugar. Assim, a partir desse processo, em que eles se julgam capazes de acessar através da reprodução dos estereótipos femininos o "sentimento" sobre ser mulher (a submissão, a passividade, a delicadeza, a inferioridade perante o sexo masculino), eles estariam, portanto, autorizados a dizer o que é uma mulher, reafirmando, novamente, a mulher como essa condição de submissão e inferioridade  que eles pretensamente acessam pelos estereótipos patriarcais femininos, negando a condição da mulher como aquela socialmente construída pelas violências e limitações patriarcais conforme as denuncias feministas. 

Expandir seu domínio invadindo e controlando nossos territórios físicos é parte da estratégia de colonização dos homens para expandir também seu domínio sobre  nossos espaços linguísticos e cognitivos - justamente os espaços onde se fundamentam as possibilidades de transformação radical da nossa condição - impondo a nós os seus próprios sentidos e significados sobre a nossa condição. Esse é o objetivo primeiro e último dessa sanha transativista por tomar os espaços femininos, conquistados e construídos pelas mulheres para nossa própria segurança, inclusive o mais importante desses territórios: o espaço (físico, simbólico, linguístico e cognitivo) do próprio movimento feminista, o único dos espaços habitados pelas mulheres em que as estratégias de expansão, invasão, colonização e dominação do sexo masculino sobre o feminino eram radicalmente apontadas, criticadas e combatidas. 

Abram o olho. Saiam desse transe trans.




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