quinta-feira, 13 de abril de 2017

O TRANSATIVISMO, O ESTUPRO CORRETIVO DE LÉSBICAS E A CENSURA TRANSATIVISTA NO FACEBOOK.

Tenho sido constantemente bloqueada no Facebook por denunciar o estupro corretivo de lésbicas promovido como pauta pelo transativismo. Os transativistas se organizam pra fazer denuncias em massa e o Facebook acata sem qualquer critério, meus textos que não contém nenhum tipo de palavra chula ou ofensas diretas às pessoas envolvidas com o transativismo, mas apenas um debate teórico-conceitual sobre as práticas violentas desse movimento contra as lésbicas. No último texto publicado, eu denunciei, de forma coerente e precisa, as estratégias epistemológicas para a necessidade do transativismo pautar o estupro corretivo de lésbicas como o último impedimento para a validação da identidade de gênero de pessoas do sexo masculino como mulheres. Segue o texto e a imagem da censura promovida pela rede social:

Vou explicar aqui rapidamente porque é pauta fundamental do transativismo o ESTUPRO CORRETIVO DE LÉSBICAS: Porque a simples existência de lésbicas, que são mulheres que amam e desejam mulheres, denuncia a estratégia patriarcal e a farsa transativista de ressignificação da ideia sobre o que é uma mulher. Lésbicas são mulheres que amam e desejam mulheres, então, pra validar a ideia delirante e colonizadora de que homens podem ser mulheres, é preciso romper com o que o transativismo chama de "última barreira" (já que eles já conseguiram colonizar o movimento feminista) para legitimar que a definição do que é uma mulher possa ser pautada por homens e seus desejos falocentrados através da ideia de que mulher pode ser qualquer pessoa que se identifique com o gênero feminino - a última barreira pra isso: as lésbicas. A recusa lésbica em aceitar pênis em suas relações (exatamente o que fundamenta uma relação lésbica) é uma recusa em aceitar a definição masculinista de que homens podem ser mulheres apenas pela imposição de sua ressignificação - sem materialidade alguma, com base unicamente na subjetividade masculina - do termo "mulher". Por isso eles precisam coagir lésbicas a aceitar pênis em suas relações, pra romper a "ultima barreira" que eles apontam como impeditiva para serem reconhecidos como mulheres. Por isso eles precisam que o estupro de lésbicas seja pauta do transativismo, porque estuprar lésbicas, coagindo-as a crer que não aceitar pênis em suas relações atenta contra a dignidade de pessoas trans e convencendo a sociedade que lésbicas permanecem lésbicas ao transar com pênis é o último passo para validar a existência deles como "mulheres". Logo, lésbicas devem ser estupradas pelos transgêneros porque isso valida a existência deles como mulheres. Logo, o transativismo precisa defender o estupro de lésbicas como pauta. Grosso modo é isso: se lésbicas são mulheres que se relacionam sexual e afetivamente com mulheres, é preciso obrigar lésbicas a se relacionarem com esses homens para que a ideia de que eles são mulheres seja validada. E, olha, eu tô falando aqui só sob a perspectiva da validação de existência deles. Ainda tem a perspectiva do apagamento de lésbicas como uma importante forma de resistência ao patriarcado porque são, historicamente, mulheres que rejeitam o falo numa falocracia, através da imposição do pênis nas relações lésbicas e da consequente ressignificação do termo e da condição lésbica a partir disso. Mas isso eu falo depois.


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