sexta-feira, 26 de maio de 2017

A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DA PEDOFILIA E DO INCESTO

As políticas - campanhas, propagandas, programas sociais e etc - de "combate" à pedofilia e ao incesto efetivamente não passam de PRÁTICAS DE FACHADA, uma estratégia política e deliberada, planejada e executada dentro dos espaços midiáticos e das instituições jurídicas e políticas por aqueles mesmos que lucram e mantém o seu poder pela exploração sexual de mulheres e meninas e apenas para acalmar momentaneamente os ânimos de vítimas, sobreviventes e daqueles que ousam gritar contra essas violências. Não houve, nos últimos anos (quiçá nos últimos séculos), nenhuma redução efetiva de violência e, objetivamente, de violência sexual contra mulheres e meninas. Há décadas governos, ONGs e instituições de Direitos Humanos vêm articulando e desenvolvendo - na maioria das vezes pelas mesmas figuras masculinas políticas e midiáticas que praticam o incesto, a pedofilia e/ou se beneficiam escusamente da exploração sexual de mulheres e meninas - ações de fachada intituladas, em teses, como combatentes à violência sexual contra mulheres e meninas e a verdade é que, passadas décadas das denuncias feministas sobre essas violências e das benevolentes ações dos homens de poder e de suas instituições masculinas, as mulheres e crianças seguem sendo mortas, estupradas, sexualmente exploradas e traficadas em números que correspondem a genocídios e crimes de guerra, sem que haja qualquer redução real da violência contra nós resultante destes programas e ações de fachada.

A verdade é que a prática da pedofilia e do incesto são práticas não apenas PERMITIDAS, mas INCENTIVADAS e PROTEGIDAS pela sociedade patriarcal e por suas instituições, pois a pedofilia e o incesto são a forma mais fundamental de manutenção do poder patriarcal pela violenta socialização das meninas pela via do terror do estupro, é a primeira e principal forma de doutrinação dos corpos, dos sentidos, dos sentimentos e da subjetividade das mulheres, ainda na infância, para que compreendam, pelo pavor e pela coação masculina, logo na infância, o seu devido lugar na sociedade em relação aos homens. Nas sociedades patriarcais, as práticas de abusos e estupros incestuosos e pedofílicos têm uma FUNÇÃO PEDAGÓGICA: elas gravam de maneira indelével no corpo, na memória, na psiquê e na própria concepção da menina sobre si mesma o significado do que ela deve ser, o significado de ser uma mulher no patriarcado.

A pedofilia e o incesto são, portanto, não apenas costumes masculinos e/ou práticas circunstânciais violentas de alguns homens, mas são os alicerces mais profundos das estruturas patriarcais. A pedofilia e o incesto, como PRÁTICAS PEDAGÓGICAS de manutenção do patriarcado, dão significado e sentido ao mundo e a realidade e ao lugar de cada sexo - o sexo que viola e o que é passível de ser violado - da mulher e do homem, nesse mundo, reafirmando esses sentidos e esses lugares a cada vez que uma menina ou uma mulher é estuprada ou, ainda: a cada átimo de segundo que cada uma de nós teme de maneira constante a possibilidade de ser estuprada e expressa nossa existência do mundo a partir desse temor constante que nos constitui como mulheres e da expressão masculina no mundo a partir da glória viril de exercer coletiva e individualmente esse poder sobre nós.

Por isso, não existe emancipação feminina sem o combate ostensivo, violento e vigoroso a essas instituições. Um movimento feminista que não prioriza o combate à pedofilia, ao incesto, a violência sexual contra meninas está fadado ao ABSOLUTO FRACASSO.

"A garota teria sido acolhida em um abrigo, mas continuou recebendo visitas do pai. Ao ouvir que teria de voltar a viver com ele, teria fugido, mas acabou 'resgatada'. Como resultado da tentativa de escapar, a Justiça ainda teria imposto uma medida restritiva contra a mãe dela, que a teria ajudado na fuga." - Leia a matéria na íntegra aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aqui você tem voz, mulher! Diga o que quiser!