Há séculos, também, as MULHERES NEGRAS já lutavam por sua emancipação, e pela emancipação de seu povo. Mas dessa luta, por motivos óbvios, temos ainda menos registros e menos memórias. Mas também não podemos ignorar e esquecer que a luta das mulheres negras também antecede o feminismo e o marco que a ONU resolveu estabelecer como celebrativo da luta das mulheres. Não podemos, portanto, ignorar ou esquecer que a luta pela emancipação das mulheres é anterior ao fenômeno branco e burguês do feminismo, e que passa, também, fundamentalmente pela luta contra o SISTEMA RACISTA.
Também há séculos, as MULHERES LÉSBICAS lutam e resistem. Silenciosamente, também tendo seus registros e memórias aniquiladas, suas narrativas apagadas, sua luta e resistência - a mais fundamental e forte luta contra a sociedade patriarcal: O AFETO EXCLUSIVAMENTE VOLTADO PARA MULHERES -, as lésbicas tiveram, antes de qualquer movimento feminista, sua resistência e luta assassinadas, torturadas e encarceradas em manicômios.
Fiquem de olho, ein, porque não existe emancipação feminina no capitalismo. Não existe emancipação feminina sem ruptura com a sociedade de classes. Não existe emancipação feminina no racismo. Não existe emancipação feminina numa sociedade racista. E, ainda, não existe emancipação feminina numa sociedade em que mulheres são violentamente impedidas de desenvolver o afeto e o amor dedicado exclusivamente a outras mulheres. E é isso que a ONU quer nos fazer esquecer. Não permitam.
Mulheres negras, mulheres trabalhadoras, mulheres lésbicas, seu legado e seu protagonismo não podem ser apagados JAMAIS.
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